Comunidade

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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O EVANGELHO DA GRAÇA - OS PERIGOS DA SUBSTITUIÇÃO


O evangelho é a melhor notícia que já ecoou nos ouvidos da história. É a boa nova da salvação vinda de Deus a pecadores perdidos. É o transbordamento do amor divino aos filhos da ira. É a graça sem par a pessoas indignas. É a misericórdia estendida a indivíduos arruinados. O evangelho é o novo e vivo caminho que Deus abriu desde o céu para o céu. Esse não é o caminho das obras, mas da graça. Não é o caminho do mérito, mas da oferta gratuita. Não é o caminho da religião, mas da cruz. A salvação é uma obra monergística de Deus, trazendo libertação aos cativos, redenção aos escravos e vida aos mortos.
Com respeito ao evangelho, precisamos estar alertas sobre alguns perigos. Tanto no passado como no presente, ataques frontais foram e ainda são feitos para esvaziar o evangelho, distorcer o evangelho e substituir o evangelho por outro evangelho, que em essência, não tem nada de evangelho. Quais são esses perigos?

Em primeiro lugar, o perigo de substituir o evangelho da graça pelo evangelho das obras
O mundo odeia o evangelho, porque este é um golpe fatal em seu orgulho. O evangelho anula completamente qualquer possibilidade do homem vangloriar-se. Reduz o homem à sua condição de completo desamparo. Mostra sua ruína absoluta, sua depravação total, sua escravidão ao diabo, ao mundo e à carne, sua corrupção moral e sua morte espiritual. A tentativa do homem chegar-se a Deus pelo caminho das obras é tão impossível como tentar construir uma torre até aos céus. O apóstolo Paulo diz aos judaizantes que estavam perturbando a igreja e pervertendo o evangelho, induzindo as pessoas a praticarem as obras da lei para serem salvas, que isso é um outro evangelho, um evangelho falso, que desemboca na ruína e na perdição.

Em segundo lugar, o perigo de substituir o evangelho da cruz pelo evangelho da prosperidade
Prolifera em nossos dias os pregadores da conveniência, os embaixadores do lucro em nome da fé. Multiplicam-se neste canteiro fértil da ganância, homens inescrupulosos que mercadejam a palavra de Deus, fazendo da igreja uma empresa, do púlpito um balcão, do evangelho um produto híbrido, do templo uma praça de negócios e dos crentes consumidores. O vetor desses obreiros da iniquidade é o lucro. Pregam para agradar. Pregam para atrair as multidões com uma oferta de riqueza na terra e não de um tesouro no céu. Torcem as Escrituras, manipulam os ouvintes, enganam os incautos, para se locupletarem. Sonegam ao povo a mensagem da cruz, a oferta da graça, a mensagem da reconciliação por meio do sangue de Cristo. Embora esses pregadores consigam popularidade estão desprovidos da verdade. Embora reúnam multidões para ouvi-los, não oferecem aos famintos o Pão do céu. Embora, se vangloriem de suas robustas riquezas acumuladas na terra, são miseravelmente pobres na avaliação do céu.

Em terceiro lugar, o perigo de se pregar o evangelho sem o poder do Espírito Santo
Se a pregação do falso evangelho das obras e da prosperidade é um negação do genuíno evangelho, a pregação do verdadeiro evangelho sem o poder do Espírito é uma conspiração contra o evangelho. O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê. Nele se manifesta a justiça de Deus. Não podemos pregá-lo sem a virtude do Espírito Santo. O pregador precisa ser um vaso limpo antes de ser um canal de bênção. Precisa viver com Deus antes de falar em nome de Deus. O pregador precisa ser cheio do Espírito antes de ser usado pelo Espírito. Se a pregação do evangelho é lógica em fogo, a mensagem do evangelho precisa queimar no coração do pregador antes de inflamar os ouvintes. Precisamos desesperadamente de um reavivamento nos púlpitos. Precisamos voltar ao evangelho!

CULTO DE CELEBRAÇÃO NATALINA - 25/12/2013

















segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

CRISTÃOS CHEIOS DA GRAÇA DE DEUS


Desde o Pentecostes, a igreja de Jerusalém, cheia do Espírito Santo, crescia em números e em graça. Permanecia firme na palavra e arraigada na oração. Tinha intimidade com Deus e simpatia aos olhos do povo. Adorava a Deus com entusiasmo e em cada alma havia temor. Nessa igreja havia uma liderança cheia do Espírito e um povo comprometido com a santidade. No capítulo quatro de Atos, somos informados que em todos os crentes havia abundante graça (At 4.33). Cinco verdades nos chamam a atenção na passagem em apreço.

Em primeiro lugar, abundante graça apesar de atroz perseguição (At 4.3). 
Os líderes da igreja estavam sendo encerrados em prisão e açoitados não porque fossem delinquentes e perturbadores da ordem social, mas porque pregavam o poderoso evangelho de Cristo. Uma igreja fiel sempre despertará a fúria do mundo. Uma igreja santa sempre incomodará uma sociedade rendida ao pecado. Porém, apesar de viver debaixo de opressão, a igreja tinha abundante graça, exuberante alegria e poderoso testemunho.

Em segundo lugar, abundante graça manifestada num ousado testemunho (4.8). 
A igreja dava audacioso testemunho do evangelho mesmo debaixo das ameaças mais ruidosas. Longe da igreja recuar e calar sua voz diante dos açoites e prisões, tornou-se mais intrépida. O apóstolo Pedro, cheio do Espírito Santo, deixou claro que a cura do paralítico (descrita no capítulo 3 de Atos) não era um prodígio realizado por seu próprio poder. Era uma obra soberana de Jesus, o mesmo que vencera a morte, ressuscitando dentre os mortos. Pedro não se concentra no milagre da cura, mas anuncia a Jesus como o único que pode salvar o pecador. O milagre não é o evangelho, mas abre portas para o evangelho. Pedro não hesitou em proclamar no quartel general do Judaísmo que o Messias esperado era o Jesus que havia sido crucificado em Jerusalém e levantado da morte. Não há nenhum hiato entre o Cristo divino e o Jesus histórico. Ele é o Salvador do mundo.

Em terceiro lugar, abundante graça demonstrada em fervorosa oração (At 4.24). 
Enquanto a liderança da igreja é ameaçada pelas autoridades no front da batalha, a igreja fica na retaguarda da oração. Longe desses crentes perderem a coragem e o fervor espiritual diante da perseguição, entregam-se à oração com mais fervor, sabendo que Deus é soberano e que até mesmo as ações mais perversas dos ímpios estão rigorosamente sob o controle de Deus. A igreja não pede cessação da perseguição, mas poder para testemunhar no meio da perseguição. A igreja não pede ausência de luta, mas oportunidade para pregar. Enquanto os crentes oravam, o Espírito Santo desceu sobre eles. A casa onde estavam reunidos tremeu e todos, com intrepidez, deram testemunho de Cristo. Não há poder sem oração e não há eficácia na pregação sem oração. A igreja precisa não dos aplausos do mundo, mas do poder do Espírito Santo. Precisa não do reconhecimento da terra, mas da intrepidez do céu.

Em quarto lugar, abundante graça revelada na plenitude do Espírito Santo (At 4.31). 
Quando a igreja orou, os céus se abriram, o Espírito Santo desceu e todos ficaram cheios do Espírito Santo. Antes desse revestimento de poder a igreja estava trancada por medo; agora, é trancada por falta de medo. Antes, eles temiam os açoites das autoridades, agora são as autoridades que temem a igreja. Uma igreja cheia do Espírito é irresistível. Ela não teme ninguém a não ser a Deus. Ela não foge de nada exceto do pecado. Um crente cheio do Espírito Santo pode até ser preso e algemado, mas se torna um embaixador em cadeias. Os homens podem prender a nós, mas jamais a palavra de Deus.

Em quinto lugar, abundante graça comprovada pela visível generosidade (At 4.32). 
Uma igreja cheia de graça é apegada às pessoas e desapegada das coisas. Não retém os bens apenas para si; distribui-os com generosidade. Não acumula com ganância, mas distribui com generosidade. Ama não apenas de palavras, mas de fato e de verdade. Suas obras são o avalista de seus palavras. Prega não apenas aos ouvidos, mas também aos olhos!

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

CELEBRAÇÃO E CEIA DE NATAL NA COMUNIDADE FAMÍLIA VIVA - 24/12/2013




























SALVAÇÃO - TRÊS VERDADE SUBLIMES


A salvação não é uma conquista humana, mas uma dádiva de Deus. Não a alcançamos por mérito, mas recebemo-la por graça. A salvação não é um troféu que erguemos como fruto do nosso labor nem uma medalha de honra ao mérito, mas um presente imerecido. 
Concernente à salvação, como dom inefável de Deus, destacamos três verdades sublimes:

Em primeiro, a graça, o fundamento da salvação. “Porque pela graça sois salvos…” (Ef 2.8aa). 
A graça de Deus é seu amor imerecido, endereçado a pecadores perdidos e arruinados. Deus amou-nos quando éramos fracos, ímpios, pecadores e inimigos. Amou-nos não por causa dos nossos méritos, mas apesar dos nossos deméritos. Amou-nos não por causa das nossas virtudes, mas apesar das nossas mazelas. Amou-nos não porque éramos seus amigos, mas apesar de ser seus inimigos. Amou-nos e deu-nos seu Filho Unigênito. Amou-nos e deu-nos tudo. Deu-se a si mesmo. Deu seu Filho único. Deu-o não para ser servido, mas para servir. Não para ser aplaudido entre os homens, mas morrer pelos pecadores. Esse amor incomparável, incompreensível e indescritível a pecadores indignos é a expressão mais eloquente de sua graça. Assim, não somos salvos pela obra que realizamos para Deus, mas pela obra que Deus realizou por nós, na cruz do Calvário. A cruz de Cristo é o palco onde refulge com todo o esplendor a graça de Deus. Aqui está a causa meritória da nossa redenção, o fundamento da nossa salvação.

Em segundo lugar, a fé, o instrumento da nossa salvação. “… mediante a fé, e isto não vem de vós; é dom de Deus. Não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8b,9). 
Não somos salvos por causa da fé, mas mediante a fé. A fé não é a causa meritória, mas a causa instrumental da nossa salvação. Apropriamos da salvação pela graça, mediante a fé. A fé é a mão estendida de um mendigo para receber o presente de um rei. Deus nos oferece a salvação gratuitamente e apropriamo-nos dela pela fé. A própria fé não vem do homem, vem de Deus; não é resultado de esforço ou mérito humano, mas presente de Deus. A fé salvadora não é apenas um assentimento intelectual nem uma confiança passageira apenas para as questões desta vida. A fé salvadora é plantada em nosso coração pelo Espírito de Deus e então, transferimos nossa confiança daquilo que fazemos para o que Cristo fez por nós na cruz. A fé não apenas toma posse da salvação, mas, também, descansa na suficiente obra de Cristo. Somos justificados pela fé, vivemos pela fé, andamos de fé em fé e vencemos o mundo pela fé.

Em terceiro lugar, as boas obras, o propósito da nossa salvação. “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus, para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10). 
Não somos salvos pelas boas obras, mas para as boas obras. As boas obras não são a causa da salvação, mas sua consequência. Não fazemos boas obras com o propósito de sermos salvos; fazemo-las porque já fomos salvos pela graça, mediante a fé. É importante destacar que se as boas obras não encontram lugar como causa meritória ou instrumental da salvação, elas precisam ser vistas como a evidência da salvação. A fé e as boas obras não estão em conflito. A fé sem as obras é morta; as obras sem a fé não são boas. A fé produz obras e as obras provam a fé. A salvação é só pela fé independente das obras, mas a fé salvadora nunca vem só. Vem acompanhada das obras que glorificam a Deus e abençoam os homens. Essas obras foram preparadas de antemão para que andássemos nelas. Tudo provém de Deus, pois é ele quem opera em nós, tanto o querer como o realizar.

A salvação é um dom inefável de Deus. Foi planejada por Deus Pai, executada pelo Deus Filho e aplicada pelo Deus Espírito Santo. Foi planejada na eternidade, é executada na história e será consumada na segunda vinda de Cristo. Fomos salvos pela graça, mediante a fé e para as boas obras!