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segunda-feira, 28 de julho de 2014

CULTO DE AÇÃO DE GRAÇAS - 22/07/2014


























A TEOLOGIA DO BEIJO - Prof. Pádua



O beijo é uma expressão de amor. Beija-se aquele que se quer por perto, aquele que se ama, aquele que dá alegria. 

Não é fácil beijar o estranho, o desafeto, o inimigo. Não é fácil beijar aquele que nos causou profunda dor, aq
uele que se houve traiçoeiramente conosco.

Não obstante está registrado nas Escrituras que Davi beijou Absalão (2 Sm 14.33). Não foi um beijo fácil, pois Absalão, cinco anos antes, havia matado à traição a Amnom. Os dois eram filhos de Davi, o morto e o assassino. Amnom era o primogênito do rei e Absalão era o terceiro. Para não ser punido, Absalão fugiu para a casa do avô em Gesur, logo após o crime e lá ficou por três anos. Davi permitiu que Absalão voltasse para Jerusalém com a condição de os dois não se encontrarem. E assim foi por dois anos, ao cabo dos quais Davi mandou chamar a Absalão e então o beijou. Entre o crime e o beijo passaram-se cinco anos.

A continuação da história mostra que Absalão não se comoveu com aquele beijo tão difícil da parte do pai. Ele liderou uma conspiração contra o rei e o obrigou a fugir de Jerusalém.

O importante, todavia, é que Davi conseguiu tocar com os seus lábios o rosto de Absalão, o matador de Amnom, seu outro filho. Percebe-se que não foi de uma hora para outra, sem consistência, sem perdão, sem amor. Houve uma escalada, talvez vagarosa, mas que terminou com o beijo. Primeiro, Davi deixou de perseguir a Absalão (2 Sm 13.39). Depois, o coração do rei começou a inclinar-se para Absalão (2 Sm 14.1). E, por fim, a culminância do beijo.

O que aconteceu com Davi precisa acontecer com você. Vá devagar, mas vá em frente. Até que você tenha condições de dar um beijo naquele que uma vez o deixou muito triste.