Comunidade
segunda-feira, 26 de maio de 2014
HIPOCRISIA - UMA VIDA DE FALSIDADE - Mateus 23
INTRODUÇÃO
Você acha que há situações em que a hipocrisia é justificável? Por que? A sua comunidade tem sido afetada pela hipocrisia?
A palavra “hipocrisia”, na antiguidade, não tinha esta conotação negativa que hoje conhecemos. W. Barclay, em seu livro Palavras Chaves do Novo Testamento (Vida Nova), afirma que hipocrisia, na antiguidade, estava associada com outras realidades:
a) um interprete ou expositor de oráculos ou sonhos;
b) um orador;
c) um recitador de poesias;
d) um ator.
A conotação negativa que a hipocrisia assumiu nos dias atuais vem exatamente deste ultimo uso – ator, o que desempenha um papel, o que se apresenta de uma forma sem, na verdade, ser aquilo que aparenta.
BREVE ANÁLISE DO TEXTO
Nos dias de Jesus, esta pratica estava bastante associada á religiosidade dos fariseus. Fariseu era um grupo religioso-politico-social de grande influencia nos dias de Jesus. Eram os “piedosos” da religião, devotos rigorosos e inquiridores da observância da Lei. Na verdade, eles assim desejavam ser conhecidos, mas não eram nada disso. Eram atores da moralidade e da piedade, interpretes de uma falsa santidade. Falavam e não viviam (v.23). Apresentavam-se envoltos em meio a uma redoma de pureza exterior, todavia, eram tão podres em seus desejos e planos, como qualquer outra pessoa (v.27).
Nos versículos 13 e 29, temos as acusações de Nosso Senhor contra os mestres Judeus. Em pé, no templo, e rodeado por uma multidão que o escutava, Jesus denuncia publicamente os erros principais dos escribas e fariseus e, sem poupar palavras, revela a divergência entre o discurso e a pratica destes religiosos dos seus dias.
Por oito vezes ele usa a solene expressão “ai de vos”, e por sete vezes, ele os chama de hipócritas. Atentemos bem a essa passagem bíblica. Ela nos ensina algumas lições.
1. AS MANIFESTAÇÕES DA HIPOCRISIA
Nos evangelhos, percebemos claramente como a hipocrisia se manifestava na vida dos religiosos dos dias de Jesus. O Dr. W. Barclay faz uma analise de como o hipócrita era conhecido:
a) É o homem que se dá a representar publicamente a bondade. É o homem que quer que todos o vejam dar esmolas (Mt 6.2), que o vejam orar (Mt 6.5), que saibam que está jejuando (Mt 6.16). É o homem cuja bondade visa agradar não a Deus, mas aos homens.
b) É o homem que, no próprio nome da religião, quebra as leis de Deus. É o homem que diz que não pode ajudar seus pais, por que já tinha dedicado seus bens ao serviço de Deus (Mt 15.4-6; Mc 7.10-13). É o homem que se recusa a ajudar um enfermo no sábado, embora não descuide do bem-estar de seus animais no mesmo dia (Lc 13.15). É o homem que prefere sua própria idéia de religião à idéia de Deus.
c) É o homem que esconde os seus motivos verdadeiros sob uma máscara de fingimento. Os motivos verdadeiros das pessoas que perguntaram a Jesus acerca do pagamento de tributos não eram obter informações e orientação, mas, sim, embaraçar Jesus nas suas palavras (Mc 12.15; Mt 22.18).
d) É o homem que esconde um coração mau sob a mascara da piedade. Os fariseus eram assim (Mt 23.28). É o que pratica todos os gestos externos da religião, enquanto no seu coração há orgulho e arrogância, amargura e ódio. É tipo de pessoa que nunca deixa de ir à igreja e que nunca deixa de condenar um pecador.
e) O hipócrita acaba ficando cego. Pode interpretar os sinais do clima, mas não pode ler os sinais de Deus (Lc 12.56). Enganou aos outros tão freqüentemente, que acabou enganando a si mesmo.
f) O hipócrita é o homem que, pela causa da religião, afasta outras pessoas do caminho certo (Gl 2.13; Tm 4.2; I Pe 2.1). Persuade os outros a lhe darem ouvidos, em vez de escutarem a Deus.
g) No fim, o hipócrita é o homem sujeito a condenação de Deus (Mt 24.51).
Aqui há uma advertência. De todos os pecados, a hipocrisia é aquela no qual é mais fácil cair; e entre todos os pecados, é o mais rigorosamente condenado (Pecador convicto x Santo fingido).
Temos que ter um grande cuidado para que não assumamos, na atualidade, a roupagem dos fariseus dos dias de Jesus. É muito mais fácil para uma pessoa viver uma realidade de hipócrita, mascarada, fingida, do que investir diligentemente, diariamente, vigilantemente em uma espiritualidade verdadeira, em uma religião de vida, em uma santidade autêntica. É por isso que hino “Vencendo vem Jesus” traz entre suas estrofes os seguintes versos: “Da vaidade, fieis servos, lutam por fazer-nos seus! Muitas vezes nos assaltam os modernos fariseus...”
2. A HIPOCRISIA É ABOMINÁVEL AOS OLHOS DE DEUS
Atentemos na linguagem usada pelo Senhor no texto. Ela revela, de maneira inequívoca, quão abominável é, aos olhos de Deus, o espírito de escribas e fariseus, não importando a forma em que se manifeste. Em Mateus 23.12-36, encontramos, por 8 vezes, a expressão usada pelos profetas do Antigo Testamento para referir-se à condenação – Ai! O primeiro “ai” nesta lista foi dirigido contra a sistemática oposição dos escribas e fariseus ao progresso do evangelho (v.13). O segundo “ai” é dirigido contra a cobiça e o espírito de auto-engrandecimento (v.14). O terceiro “ai” é dirigido contra o zelo pelo partidarismo (v.15). O quarto “ai” é dirigido contra as doutrinas e juramentos anunciados pelos escribas e fariseus (v.16) O quinto “ai” é dirigido contra a pratica de exaltação das coisas menos importantes, em detrimento das essenciais (v.23). O sexto e o sétimo “ais” são dirigidos contra uma característica geral da religião dos escribas. Para eles, a pureza de coração (vs.25,26). E o ultimo “ai” é dirigido contra a veneração fingida que eles demonstravam pela memória dos santos já mortos.
Nesta passagem inteira, podemos ver a deplorável situação em que se encontrava a nação judaica nos dias de Jesus. Se assim eram os mestres, quão grande deve ter sido a escuridão dos que eles eram ensinados.
Com base neste texto, não podemos deixar de reconhecer quão abominável é a hipocrisia aos olhos de Deus. Os escribas e fariseus não foram acusados de serem ladrões ou assassinos e, sim, de serem hipócritas desde o âmago de seu ser.
Temos, em tudo isso, um quadro melancólico que nosso Senhor nos dá acerca dos mestres judeus. Este quadro deveria nos trazer tristeza e humilhação. É um quadro que tem sido reproduzido inúmeras vezes na historia da igreja cristã, e que pode estar manifesto na vida de muitas crentes neste momento.
3. O TRATAMENTO DA HIPOCRISIA
A finalidade desta passagem bíblica é condenar a hipocrisia e mostrar que ela não é o melhor caminho para agradar a Deus. Pelo contrario, Jesus mapeou suas mais intensas manifestações e condenou seus mais seguros praticantes. A perspectiva de vida com Deus, apresentada por Jesus, Traz inerente um remédio contra a realidade da hipocrisia.
Em Mateus 5.8, Jesus, ao dar inicio aos seus ensinamentos, no chamado Sermão do Monte, difere completamente do discurso e da pratica dos fariseus. Ela enaltece a importância de buscarmos a pureza de coração – “Bem-aventurados os limpos de coração, por que verão a Deus”. Se a hipocrisia traz em si a condenação de Deus, por outro lado, a pureza de coração, a transparência de intenções, e a ausência de contaminação nos desejos garantem a aprovação do Senhor.
Você acha que há situações em que a hipocrisia é justificável? Por que? A sua comunidade tem sido afetada pela hipocrisia?
A palavra “hipocrisia”, na antiguidade, não tinha esta conotação negativa que hoje conhecemos. W. Barclay, em seu livro Palavras Chaves do Novo Testamento (Vida Nova), afirma que hipocrisia, na antiguidade, estava associada com outras realidades:
a) um interprete ou expositor de oráculos ou sonhos;
b) um orador;
c) um recitador de poesias;
d) um ator.
A conotação negativa que a hipocrisia assumiu nos dias atuais vem exatamente deste ultimo uso – ator, o que desempenha um papel, o que se apresenta de uma forma sem, na verdade, ser aquilo que aparenta.
BREVE ANÁLISE DO TEXTO
Nos dias de Jesus, esta pratica estava bastante associada á religiosidade dos fariseus. Fariseu era um grupo religioso-politico-social de grande influencia nos dias de Jesus. Eram os “piedosos” da religião, devotos rigorosos e inquiridores da observância da Lei. Na verdade, eles assim desejavam ser conhecidos, mas não eram nada disso. Eram atores da moralidade e da piedade, interpretes de uma falsa santidade. Falavam e não viviam (v.23). Apresentavam-se envoltos em meio a uma redoma de pureza exterior, todavia, eram tão podres em seus desejos e planos, como qualquer outra pessoa (v.27).
Nos versículos 13 e 29, temos as acusações de Nosso Senhor contra os mestres Judeus. Em pé, no templo, e rodeado por uma multidão que o escutava, Jesus denuncia publicamente os erros principais dos escribas e fariseus e, sem poupar palavras, revela a divergência entre o discurso e a pratica destes religiosos dos seus dias.
Por oito vezes ele usa a solene expressão “ai de vos”, e por sete vezes, ele os chama de hipócritas. Atentemos bem a essa passagem bíblica. Ela nos ensina algumas lições.
1. AS MANIFESTAÇÕES DA HIPOCRISIA
Nos evangelhos, percebemos claramente como a hipocrisia se manifestava na vida dos religiosos dos dias de Jesus. O Dr. W. Barclay faz uma analise de como o hipócrita era conhecido:
a) É o homem que se dá a representar publicamente a bondade. É o homem que quer que todos o vejam dar esmolas (Mt 6.2), que o vejam orar (Mt 6.5), que saibam que está jejuando (Mt 6.16). É o homem cuja bondade visa agradar não a Deus, mas aos homens.
b) É o homem que, no próprio nome da religião, quebra as leis de Deus. É o homem que diz que não pode ajudar seus pais, por que já tinha dedicado seus bens ao serviço de Deus (Mt 15.4-6; Mc 7.10-13). É o homem que se recusa a ajudar um enfermo no sábado, embora não descuide do bem-estar de seus animais no mesmo dia (Lc 13.15). É o homem que prefere sua própria idéia de religião à idéia de Deus.
c) É o homem que esconde os seus motivos verdadeiros sob uma máscara de fingimento. Os motivos verdadeiros das pessoas que perguntaram a Jesus acerca do pagamento de tributos não eram obter informações e orientação, mas, sim, embaraçar Jesus nas suas palavras (Mc 12.15; Mt 22.18).
d) É o homem que esconde um coração mau sob a mascara da piedade. Os fariseus eram assim (Mt 23.28). É o que pratica todos os gestos externos da religião, enquanto no seu coração há orgulho e arrogância, amargura e ódio. É tipo de pessoa que nunca deixa de ir à igreja e que nunca deixa de condenar um pecador.
e) O hipócrita acaba ficando cego. Pode interpretar os sinais do clima, mas não pode ler os sinais de Deus (Lc 12.56). Enganou aos outros tão freqüentemente, que acabou enganando a si mesmo.
f) O hipócrita é o homem que, pela causa da religião, afasta outras pessoas do caminho certo (Gl 2.13; Tm 4.2; I Pe 2.1). Persuade os outros a lhe darem ouvidos, em vez de escutarem a Deus.
g) No fim, o hipócrita é o homem sujeito a condenação de Deus (Mt 24.51).
Aqui há uma advertência. De todos os pecados, a hipocrisia é aquela no qual é mais fácil cair; e entre todos os pecados, é o mais rigorosamente condenado (Pecador convicto x Santo fingido).
Temos que ter um grande cuidado para que não assumamos, na atualidade, a roupagem dos fariseus dos dias de Jesus. É muito mais fácil para uma pessoa viver uma realidade de hipócrita, mascarada, fingida, do que investir diligentemente, diariamente, vigilantemente em uma espiritualidade verdadeira, em uma religião de vida, em uma santidade autêntica. É por isso que hino “Vencendo vem Jesus” traz entre suas estrofes os seguintes versos: “Da vaidade, fieis servos, lutam por fazer-nos seus! Muitas vezes nos assaltam os modernos fariseus...”
2. A HIPOCRISIA É ABOMINÁVEL AOS OLHOS DE DEUS
Atentemos na linguagem usada pelo Senhor no texto. Ela revela, de maneira inequívoca, quão abominável é, aos olhos de Deus, o espírito de escribas e fariseus, não importando a forma em que se manifeste. Em Mateus 23.12-36, encontramos, por 8 vezes, a expressão usada pelos profetas do Antigo Testamento para referir-se à condenação – Ai! O primeiro “ai” nesta lista foi dirigido contra a sistemática oposição dos escribas e fariseus ao progresso do evangelho (v.13). O segundo “ai” é dirigido contra a cobiça e o espírito de auto-engrandecimento (v.14). O terceiro “ai” é dirigido contra o zelo pelo partidarismo (v.15). O quarto “ai” é dirigido contra as doutrinas e juramentos anunciados pelos escribas e fariseus (v.16) O quinto “ai” é dirigido contra a pratica de exaltação das coisas menos importantes, em detrimento das essenciais (v.23). O sexto e o sétimo “ais” são dirigidos contra uma característica geral da religião dos escribas. Para eles, a pureza de coração (vs.25,26). E o ultimo “ai” é dirigido contra a veneração fingida que eles demonstravam pela memória dos santos já mortos.
Nesta passagem inteira, podemos ver a deplorável situação em que se encontrava a nação judaica nos dias de Jesus. Se assim eram os mestres, quão grande deve ter sido a escuridão dos que eles eram ensinados.
Com base neste texto, não podemos deixar de reconhecer quão abominável é a hipocrisia aos olhos de Deus. Os escribas e fariseus não foram acusados de serem ladrões ou assassinos e, sim, de serem hipócritas desde o âmago de seu ser.
Temos, em tudo isso, um quadro melancólico que nosso Senhor nos dá acerca dos mestres judeus. Este quadro deveria nos trazer tristeza e humilhação. É um quadro que tem sido reproduzido inúmeras vezes na historia da igreja cristã, e que pode estar manifesto na vida de muitas crentes neste momento.
3. O TRATAMENTO DA HIPOCRISIA
A finalidade desta passagem bíblica é condenar a hipocrisia e mostrar que ela não é o melhor caminho para agradar a Deus. Pelo contrario, Jesus mapeou suas mais intensas manifestações e condenou seus mais seguros praticantes. A perspectiva de vida com Deus, apresentada por Jesus, Traz inerente um remédio contra a realidade da hipocrisia.
Em Mateus 5.8, Jesus, ao dar inicio aos seus ensinamentos, no chamado Sermão do Monte, difere completamente do discurso e da pratica dos fariseus. Ela enaltece a importância de buscarmos a pureza de coração – “Bem-aventurados os limpos de coração, por que verão a Deus”. Se a hipocrisia traz em si a condenação de Deus, por outro lado, a pureza de coração, a transparência de intenções, e a ausência de contaminação nos desejos garantem a aprovação do Senhor.
PARA CONCLUIR
O grande desafio da igreja atual é uma pratica coerente, pura, desprovida de jogos de interesse escondidos. Busquemos a pureza de coração e rejeitemos a hipocrisia dos modernos fariseus.
Façamos nossa a oração de Davi: “Bem sei, meu Deus, que tu provas os corações, e que da sinceridade te agradas...” (I Cr 29.17).
Consideremos também a exortação de Hebreus 10.22: “Aproximemo-nos com sincero coração, em plena certeza de fé...”
O grande desafio da igreja atual é uma pratica coerente, pura, desprovida de jogos de interesse escondidos. Busquemos a pureza de coração e rejeitemos a hipocrisia dos modernos fariseus.
Façamos nossa a oração de Davi: “Bem sei, meu Deus, que tu provas os corações, e que da sinceridade te agradas...” (I Cr 29.17).
Consideremos também a exortação de Hebreus 10.22: “Aproximemo-nos com sincero coração, em plena certeza de fé...”
domingo, 25 de maio de 2014
sexta-feira, 9 de maio de 2014
INVEJA - A RAIZ DE TODOS OS MALES - Rm 1.18-32
Será
que é pecado desejar possuir bens, boa aparência física, posição social etc.?
Ou o pecado é não lutar por alcançá-los de modo correto?
A
inveja é o desejo de possuir estas e outras coisas por meios ilícitos, tendo
como ponto de partida o olhar fixo no que é dos outros, desejando para si,
lamentando por que ainda não esta em seu poder. È um ressentimento profundo,
que se aninha na mente da pessoa e passa logo a gerar outras ações, tais como a
cobiça, a ganância, a maledicência. O dolo entra em cena e tudo termina em
contendas, e ate em morte, tal como aconteceu com Abel (Gn 4.8) e com Nabote (I
Rs 21, 1-16).
A
inveja e os outros males surgiram no éden (Gn 3.5), e se fazem presentes em
todos os lugares, causando contendas e guerras (Tg 4.1,2), sendo sua primeira
vitima o seu possuidor, depois aqueles que são o seu alvo. È algo que acontece
ate com nações que se apoderam dos recursos econômicos de outras menos capazes
de administração.
Breve Analise do
texto
O texto básico
registra a mudança ocorrida no ser humano, sua degeneração. Os homens passaram
a valorizar as obras da criação, fazendo delas o seu deus, desentronizando de
suas vidas o Deus Criador, e tentando ocupar o lugar do mesmo. Pela
concupiscência dos seus corações, diz Paulo: “Deus entregou tais homens á imundície” (v.24), “a paixões infames” (v.26), “A uma disposição mental reprovável, para
praticarem coisas inconvenientes” (v.28).
Na
relação de tais coisas, em numero de 21, não sendo uma lista completa, pois em
Gálatas 5.21, o apostolo afirma: “e cousas semelhantes a estas”, ele inclui o
tema deste estudo.
Algo
sério no texto básico é que tal pratica é feita com conhecimento da verdade
(v.21) e ate mesmos os gentios assim agem. Não há exceção para ninguém.
1. DEFINIÇÃO
E ASSOCIAÇÃO
Provérbios 14.30b diz
que “a inveja é a podridão dos ossos”. Todo o corpo não possui firmeza. A
inveja é a doença da alma, uma doença espiritual. Diz C. Hodge: “É um câncer da alma” (Teologia
Sistemática, Vol. III. P.464).
Caracteriza-se como
realmente é:
a) Um sentimento de
desgosto ou pesar pelo bem dos outros;
b) Um desejo violento
de possuir o bem alheio;
c) Um sentimento de
ódio para com os mais favorecidos;
d) Um desejo de
impedi-los de possuir tais bens e de vê-los destruídos.
A
inveja colocada na mente humana é como um germe que se encarrega de criar
outros males que, agrupados ao redor de si, formarão um exército em guerra,
lutando para conseguir os fins por ele propostos. Esta força de ação é tão
elevada que Provérbio 27.4 diz: “Cruel é
o furor e impetuosa a ira, mas quem pode resistir á inveja?” Ela não atua
só, pois se assim fosse, ninguém seria atingido; não passaria de um pensamento,
sendo o invejoso a única vitima. Entretanto, o que se conhece é que o
pensamento invejoso está integrado por outros companheiros ofensivos.
A
historia do comportamento de Saul em relação a Davi é uma das evidencias desta
associação de males, pois, após a morte de Golias efetuada por Davi, e sua
aclamação feita pelas mulheres, Saul passa a ter um sentimento de inveja e, “daquele dia em diante, Saul não via Davi
com bons olhos”; e procurou elimina-lo (I Sm 18.6-16).
È
tão real esta integração de males que provem do coração humano ainda não
regenerado, que o Senhor Jesus, em Marcos 7.21-23 e Paulo, Tiago e Pedro, em
vários textos (II Co 12.20; Gl 5.19-21; I Tm 6.4; Tt 3.3; Tg 3.14; I Pe 2.1),
os mencionam, estando a inveja entre eles, quer a palavra declinada ou os seus
efeitos descritos nos demais componentes.
2. CONSEQUÊNCIAS
DA INVEJA
Sendo
a inveja um ressentimento aninhado no coração do homem, conclui-se que o
invejoso vive em torturas da sua alma, tendo em si a destruição de alguns bons
princípios de vida (Sl 73.2,3). A condição de vida do invejoso é marcada por
reclamações, por expressões de revoltas visíveis no próprio rosto (Gn 4,5; I Rs
21.4-7). È a batalha interna do coração, por não ver seus intentos realizados.
A luta continua e outros atos maus vão sendo levados a efeito, ate que se
consiga o proposto. Os meios usados, sejam quais forem se justificam pelos fins
propostos.
A
Bíblia nos apresenta inúmeros exemplos das conseqüências causadas pela inveja e
os seus integrantes. Eis alguns:
a)
Abel é assassinado pelo próprio irmão, Caim, que, possuído de inveja, irou-se e
dolosamente, mesmo advertido por Deus (Gn 4.5-8), Praticou um crime,
tornando-se exemplo negativo para todas as gerações (Hb 11.4; I Jô 3.12 e Jd
11);
b)
Isaque é expulso de Gerar por te se enriquecido (Gn 26.12-17);
c)
Os irmãos de José tentam mata-lo e de pois o vendem (Gn 37.11,20;26-28;At 7.9);
d)
Nabote é julgado e assassinado, sem ter o direito de defesa ( I Rs 21.1-16);
e)
O próprio Cristo foi entregue pelos invejosos lideres religiosos ( Mt 27.18);
f)
Os apóstolos sofreram também, da mesma classe de pessoas, perseguições (At
5.17,18; 13.45)
A
inveja conduz o ser humano a um miserável estado de vitima, impedindo-o de
reparar suas próprias deficiências, corrigindo-as e se tornando capaz de
conseguir, por meios lícitos, as mesmas condições de vida.
O
invejoso é governado por diretrizes por ele elaboradas, e não sob as normas
divinas, pois de Deus está alienado. Da sua linguagem é modo de vida, a pratica
da lei Áurea estabelecida por Deus, registrada em Deuteronômio 6.5, levitico
19.18 e Matheus 22.37-39, não faz parte, pois para ele Deus e o próximo não
existem.
Mas
a pior conseqüência é a eterna, pois Paulo afirma: “São passiveis de morte os que tais coisas praticam” (v.32).
3. LIBERTAÇÃO
ESPIRITUAL
Para todas as
espécies de males espirituais, Deus preparou os meios suficientes para a cura e
libertação. Ele não deseja que o pecador seja vitima eterna de Satanás, alienado
de sua presença. Deus, No Éden, prometeu a vinda de seu filho para pagar o
preço desta libertação com sua morte. Não há corrupto, por pior que seja, que
não possa ser transformado; nem pecado sem perdão em Cristo.
Zaqueu
é uma prova evidente desta transformação, pois, por meios ilícitos,
enriquecera-se, mas dispôs-se a corrigir as fraudes cometidas (Lc 19.8).
Deus
veio em Jesus Cristo
para nos libertar do império das trevas e o próprio Cristo declarou como obter
tal libertação (Jo 8.32,36; Cl 1.13,14). Há libertação a disposição de todos os
que são vitimas dos males do coração.
Para
que isto ocorra, é necessário conhecer a Palavra de Deus e aceitá-la, pois o Espírito
Santo está executando a sua missão de convencer o mundo do pecado, da justiça é
do juízo (Jo 16.8-11). Ele ilumina o Cristão (Rm 14.26), intercedendo pelos
regenerados (Rm 8.26,27), Concedendo a Convicção de “Ser nova criatura’ (II Co 5.16) e de poder viver seguro de que “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus ” (Rm
8.1). Pois cumpre-se nele a mensagem de Romanos 8.30.
O
coração do pecador, cheio de inveja e demais males por ela gerados e a ela
associados, pode ser purificado e torna-se lugar especial de guardar a Palavra
de Deus (Sl 119.9,11, 97). Onde há lugar para o amor de Deus, este o conduz à
pratica das boas obras.
Este
mal tão terrível, conforme observou o sábio (Pv 14.30; 27.4), Continua sendo
uma realidade constante, até mesmo com boa aparência (Fp 1.15), procurando
aninhar-se totalmente no coração do crente.
O que fazer? Paulo
ensina:
a)
Encher-se
do Espírito Santo e não entristecê-lo (Ef 4.30; 5.18);
b)
Viver
de modo digno da vocação (Ef 4.1-3);
c)
Lançar
distante tais males (Ef 4.31);
d)
Exercitar
o domínio próprio (Gl 5.22).
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