INTRODUÇÃO
O pecado trouxe consigo a
morte. O vírus letal do pecado infectou toda humanidade. Afetou o ser humano na
sua totalidade, matou o homem. O intelecto do homem ficou danificado, sua vontade
escravizada e sua emoção poluída. Sua inclinação natural é avessa à vontade de
Deus. O homem nem busca, nem entende Deus.
A condição de toda pessoa fora de Jesus
Cristo é descrita em Efésios 2:1-3.
a) Mortos em Delitos e pecados, v.1
b) Filosofia de vida anti-cristã, v.2
c) Filhos da ira (condenação), v.3
Não obstante, Deus intervém e eternamente e perdoa
aqueles que Ele elegeu para salvação, Ef 2.4-5.
O Senhor Jesus tem o poder para perdoar
pecado. Ele falou ao paralítico, dizendo, “perdoados
estão os teus pecados”, Mc 2.5, 10-12.
Portanto, o homem é incapaz de dar a vida a si mesmo, de abrir
seus próprios olhos ou de ensinar a si mesmo a verdade espiritual.
a) Deus é quem toma a iniciativa de eleger, agir e perdoar o
homem, Ef 2.8-9; Jo 6.44.
b) Deus é quem abre o coração do eleito e cria nele a
capacidade de querer e de fazer o bem que agrada a Deus, pois, de outra
maneira, ninguém seria capaz de crer, At 13.48; 16.14
É Deus quem implanta o princípio ou a semente da nova vida,
quem efetua em nós tanto o querer quanto o realizar. Sua ação graciosa suplanta
a inclinação carnal por uma disposição espiritual. A graça da regeneração é que
habilita o homem a crer no Senhor Jesus, a arrepender-se de seus pecados e a
converter-se de seus maus caminhos. Sem a graça da regeneração ninguém teria
condição de entrar no reino de Deus.
1. PERDÃO – UMA COMPREENSÃO DA NOSSA SITUAÇÃO diante
DE DEUS
1. A consciência do perdão, Rm 3.23; 3.10-18.
Portanto, negar a nossa condição de
pecadores é negar a própria Palavra de Deus, I Jo 1.10.
Devido a
depravação da natureza humana, todos pecaram e são responsáveis diante de Deus.
A aproximação e a contemplação da gloriosa santidade de Deus realçam de forma
eloqüente a gravidade do nosso pecado, Is 6.1-5
Lloyd-Jones
escreveu: “Nunca houve um santo sobre a
face da terra que não tenha visto a si mesmo como um vil pecador; de modo que
se você não sente que é um vil pecador, não é parecido com os santos”.[1]
2. A Insatisfação com a prática do
pecado
O
homem consciente da sua dívida, se apresenta arrependido diante de Deus,
desejoso de deixar de pecar, I Jo 3.6; I Jo 2.1-2.
3. Incapacidade de pagar a Dívida
Não
temos condições de pagar a nossa dívida, Lc 7.41-42.
Estamos
inadimplentes espiritualmente; a nossa dívida cada vez aumenta mais. Porque
ainda que vivendo como cristãos, vamos aumentando sem cessar nossa dívida e
agravando a embrulhada da nossa situação. A dívida cresce de dia em dia.
Hendriksen
escreveu: “A petição de perdão significa
que o suplicante reconhece que não há outro método pelo qual possa cancelar sua
dívida, é uma súplica de graça”.[2]
Portanto,
é impossível uma autêntica vida cristã sem esta consciência: de sermos
pecadores e da necessidade do perdão de Deus. Enquanto não admitirmos isso,
estamos, na realidade, sustentando algum tipo de auto-suficiência.
2. PERDÃO
E AS NOSSAS ATITUDES COMO REDIMIDOS
1. Viver dignamente
O
pecador perdoado é motivado a procurar se harmonizar com o propósito de Deus
revelado nas Escrituras.
John
Owen escreveu: “O perdão é o mais forte
motivo para se viver piedosamente depois de recebê-lo (...) Aquele que presume
tê-lo recebido, e não se sente obrigado a ser obediente a Deus por causa do
perdão que recebeu, na verdade não goza dele”.[3]
Deus
nos diz na sua Palavra que ele nos redimiu para si mesmo a fim de vivermos para
Ele, em harmonia com a sua vontade, encontrando assim a felicidade decorrente
da nossa obediência a Deus, Is 44.22; Is 55.7.
2. Humildade e Gratidão
A
súplica pelo perdão de nossas dívidas aponta para a nossa total incapacidade de
pagar-lhe: somos total e irreversivelmente devedores; portanto, a nossa postura
é de humildade diante de Deus. Sl 103.1-3,8,10,14.
3. Disposição para perdoar
O
perdão concedido por Deus é um imperativo à concessão de perdão ao nosso
próximo. Aquele que foi perdoado é conduzido invariavelmente à disposição de
perdoar o seu próximo; e quando perdoamos estamos nos abrindo ao perdão de
Deus. A nossa disposição em perdoar é um atestado de nossa gratidão a Deus.
A
base do perdão é o perdão concedido por Deus. Ele não somente nos perdoa, como
também nos capacita a perdoar; Deus faz o nosso perdão possível, Cl 3.13; Ef
4.32.
3. PERDÃO
E AS NOSSAS ATITUDES CONSIGO MESMO
Uma das situações mais doloridas na vida de
uma pessoa é a incapacidade de perdoar-se a si mesmo. O Senhor declara em sua
palavra que os nossos pecados já foram perdoados em Cristo Jesus, I Jo 2.12.
Esta falta de perdão a si mesmo tem feito muitos adoecerem física, emocional e
espiritualmente. A falta de perdão a mim mesmo produz:
1) O
sentimento de culpa
É um sentimento que experimentamos quando
temos a consciência de que erramos em relação às leis de Deus e os padrões
éticos e morais socialmente aceitos. A Bíblia diz que nós somos
declarados ‘não culpados’ por causa de Cristo, I Jo 2.12; 3.19-22.
2) Um
complexo de inferioridade
Esse sentimento que experimentamos quando, em
função dos erros e pecados nos julgamos menores do que os outros e incapazes de
agradar a Deus.
Você é Santuário de Deus onde habita o Espírito
Consolador que provém de Deus e que mesmo sendo o cristão tão limitado e
tendencioso a pecar continuamente, somos consolados e fortalecidos pelo
Espírito Santo, I Co 3.16; 1 Co 1.27; Jl 3.10
c) Uma
postura de auto-piedade.
Esse é um comportamento egocêntrico que
termina bloqueando o fluxo final do perdão e o amor curativo de Deus. Perdemos
as esperanças. Recusamo-nos a nos erguer, a tomar nossa cruz de fragilidade
humana e seguir Jesus, Ec 7.16.
Para
Concluir
Quando Deus perdoa, Ele esquece o
pecado do homem perdoado. A Escritura declara que Ele lança o pecado da pessoa
perdoada para trás das Suas costas, tão longe como o oriente está do ocidente,
e lança o pecado nas profundezas do mar, Sl 103.12; Is 38.17; Mq 7.19.
Não lembrança de pecado implica em
perdão disso: “de seus pecados e de suas
prevaricações não me lembrarei mais”, Hb 8.12.
O perdão de Deus é tão completo
que Ele o descreve como não lembrando o pecado, as iniqüidades e as
transgressões do homem perdoado. Com Ele o perdão é equivalente ao esquecer o
pecado de uma pessoa. Ele não guarda lembrança dele em Sua mente; Ele não pensa
sobre os pecados de Seu povo. Sua iniqüidade é removida, e o justo Juiz não tem
memória judicial dele.
Estudo Ministrado pelo
Prof. Antonio de Pádua
[1] LLOYD-JONES, Martyn. O
Clamor de um desviado: Estudos sobre o Salmo 51. São Paulo: PES. 1997, p. 40.
[2] HENDRIKSEN, Willian.
Mateus – Comentário do Novo Testamento, Vol I: Cultura Cristã, 2010 2ª Ed. p.
350.
[3] Owen, John, citado por A, Booth, in:
Somente pela graça, São Paulo: PES, 1986, p. 33
Missionário Ecrivaldo (Dirigente da Igreja) dando as
boas vindas aos presente e em seguida fazendo a oração inicial
Irmã Patrícia Ribeiro louvando a Deus e em seguida
o Prof. Pádua dando inicio ao estudo.
Aplicação e interação com os presentes!
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