Comunidade

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sábado, 14 de fevereiro de 2015

A TEOLOGIA DO INTERVALO - Professor Pádua


No momento em que Samuel derramou sobre o filho caçula de Jessé o azeite que estava no chifre, “daquele dia em diante o Espírito do Senhor se apossou de Davi” (1 Sm 16.13). O efeito daquela unção se fez sentir no resto daquele dia, no dia seguinte e nos dias subseqüentes. Isso significa auxílio, capacitação, comprometimento, direção e bênçãos sobre bênçãos. Essa experiência nova teve começo, mas não tinha data de encerramento. Era daquele dia em diante, em meio à alegria e à tristeza, em dias de sol e em dias de chuva, em dias de largura e em dias de aperto. A não ser que o Espírito desistisse de Davi — o que era muito improvável — ou que Davi desistisse do Espírito — o que poderia acontecer.

De fato aconteceu. Em meio a uma crise de comunhão provocada por um possível relaxamento ou por um período de autoconfiança demasiada, Davi pecou gravissimamente contra Deus e perdeu a plenitude daquela unção. Daí a oração do salmista, depois de ter caído em si: “Não me expulses da tua presença nem tires de mim o teu Santo Espírito” (Sl 51.11). Depois de algum tempo de muito sofrimento, as coisas voltaram ao normal.

Para quem está acostumado a ter o Espírito do Senhor, intervalos como esse de Davi são muito desagradáveis. Cuidado com os intervalos. Eles podem se prolongar tanto, a ponto de se tornarem o período de enlevo espiritual, e não o período de fracasso.

Se, no presente momento, você está dentro de um desses intervalos, feche-o depressa. Acertadamente Paulo nos aconselha: “Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção” (Ef 4.30).

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