Tirar Israel do Egito foi uma ação divina, que contou com uma mínima participação humana. Então, o povo começou a sua caminhada. Esta era a sua parte na libertação. No entanto, sua liberdade seria completa quando o Egito saísse da alma do povo. Era uma ação humana esta, com a participação (nunca mínima) de Deus.
O Egito dentro de Israel era, por exemplo, a prática de recorrer aos deuses, como Apis, o deus-boi, a quem os hebreus acabaram buscando no deserto. O Egito dentro de Israel era, também, uma memória corrompida, que tinha saudade dos melões da terra de Gósen, mas se esquecia dos gritos e dos chicotes dos capatazes nas olarias.
Não guardamos o Egito dentro de nós também, ainda hoje?
Deus nos libertou, sem nossa ajuda, e agora quer nos ajudar a que nos libertemos de nós mesmos, seja de nossa idolatria, seja de nossas amarguras, seja de nossos vícios, seja de nossos egoísmos.
Entre o que somos e o que podemos ser há um deserto, que não precisamos percorrer sozinhos. (IBA)
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